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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Querido Deus (XTC)



Caro Deus,
espero que você tenha recebido a carta e eu rezo para que você possa fazer melhor que isso aqui em baixo.
Eu não falo de uma grande redução no preço da cerveja. Mas todas as pessoas que você fez a sua imagem, parecem estar morrendo de fome aos seus pés; Porque eles não tem o suficiente para comer de Deus.
Eu não consigo acreditar em você.
Caro Deus, Desculpe por incomoda-lo mas, eu sinto que eu deveria ser ouvido alto e claro. Nos todos precisamos de uma grande redução na quantidade de lágrimas.
Mas todas as pessoas que você fez a sua imagem, paracem estar brigando nas ruas
Porque elas não conseguem formar opiniões sobre deus.
Não consigo acreditar em você.
Você fez as doenças e o diamante azul? Você fez a humanidade Depois nos o fizemos? E o Diabo tambem...
Caro Deus, Não sei se você foi avisado mas, seu nome está em varias citações nesse livro. Nos os humanos loucos escrevemos; você deveria dar uma olhada. E todas as pessoas que você fez á sua imagem Continuam acreditado que esse lixo é real.
Bem, eu sei que não é, e você tambem,
Caro deus.
Eu não consigo acreditar...
Eu não acredito...
Eu não acredito em Paraiso e Inferno, Nenhum santo, nenhum pecador, e nenhum diabo tambem, Nenhum portão perolado, nenhuma cruz de espinhos. Você está sempre deixando nos humanos abatidos.As guerras que você traz, as crianças que você afoga,
Aqueles perdidos no mar e nunca encontrados.E é a mesma coisa no mundo inteiro,
A dor que eu vejo ajuda a compor O Pai, Filho e o Espirito Santo É somente brincadeira profana de alguem.
E se você for la em cima, você percebe Que meu coração esta em cima da manga.E se há uma coisa na qual eu não acredito?
É em você, Caro Deus
Caro Deus.....

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Madre Tereza

Ah, concerteza vou me lembrar de Madre Tereza e a velha garrafa de whisky.
Um lugar no meio do nada, onde eu vivi meu tudo. Uma cidadezinha a uma hora da minha casa, cheirava à fazenda, mas o que mais haveria ser esse canto além de uma enorme roça? Quem me guiou até lá foi o Diabo. Ele me entregou uma garrafa de whisky de 1847 e me desejou boa sorte, acenando com os dedos finos ao longe do horizonte que cheirava fazenda. Em Madre tereza sempre dava para ver o sol, e o céu era estrelado, a noite era fresca e dava para saber quando ia chover várias horas antes, só pelo cheiro da terra.
Conheci pessoas insanamente encantadoras. E o que mais haveria de ser a minha pessoa, alem de uma enorme e perdida insana?
O lugar era praticamente abandonado, as casas quase sempre de barro, algumas igrejas com portoes enferrujados que eram mais velhos que o pecado. mas Madre tereza tinha as melhores ervas desse velho mundo.
Atravessei algumas madrugadas com aqueles amigos, e me senti protegida. Pulei cercas, acendi cigarros, sujei as mãos.
Contamos histórias, e a chama daquela fogueira sei que não vai se apagar. Porque derramei o whisky que o Diabo me deu, a chama mudava de cor como num sonho, surreal, Em Madre Tereza fui escudeira em batalhas, assisti derrotas, molhe-me daquela chuva, sujei-me daquela lama, inalei daquele aroma, amei daquela terra... amei aquela terra.
Embora a garrafa esteja seca, Madre Tereza nunca esquecerei.

Debutante

Era bonitinha, mas ordinária.
Desastrada, destraída, tinha um riso engraçado.
Com um olhar suave, e um quadril com maus hábitos ela sorria de um lado a outro segurando um pote de doces. Ela te levaria ao paraíso se permitisse.
Traços inocentes, mas o sangue frio como gelo.
Tanto mal carater para uma pequena dançarina, eu chutaria 17.
Rápida com as mãos, nada mal beijando, fantástica dançando. Sua mãe a mataria se soubesse o que faz.
Corre pela noite em busca da fonte da juventude e glória.

O dia que eu cortei meu cabelo.



Hoje eu acordei com vontade de mandar flores para o delegado. De dizer bom dia para o carteiro, parabenizar o lixeiro. Acordei com vontade de queimar insenso de lírio, abrir a janela, reviver algum delirío.
Hoje eu rasguei aquela calça jeans, queimei aquelas cartas, encurtei a mini-saia, sequei uma garrafa.
Cantei com o rouxinol, plantei um gira-sol vermelho na sacada.
Alguem deixou um maço de cigarros na minha mesa, não muito mais do que clareza, alguem deixou um laço de fita no ar.
E aquela canção, que não canso de escutar, Acordei sem medo de chuva, sem medo de escuro, sem medo do abuso.
Joguei meus principios pelo ralo, Amarrei minha educação num balão e mandei pro japão.
Acordei sem medo de deus, sem medo da tesoura.
Mandei minha biblía e meu cabelo pro inferno.

Lilltle Ramona

Ramona, 'lil Ramona.
tão doce, tinha os olhos cor de fel. Rouca, pra lá de louca. a 120 numa pista que não conhecia, um nome que não sabia, e o cabelo que a algum tempo não tingia.
Ri de ti, ri de nós. Numa mesa de bar, um cigarro apagado entre os dedos, eu já nem me importava. Dose de tequila suando, Ramona, porque está longe de mim?
Se você me pegar pela mão agora, dançaremos até o dia nascer. Depois cair num sono quase poético, até o sol ser chutado do nosso mundo, da nossa noite, enquanto a areia da praia se faz mais alva, quero te ouvir tocar aquela canção mais uma vez, Ramona.
Ao som das ondas que nem existiam. E a areia que era mais branca do que tudo que seu nariz já inalou.

Garrafa quebrada

Estive meses à fio sonhando com o que acabara de acontecer.
Embora no momento que acordei, ainda demorasse para acreditar que não era só mais um dos meus sonhos insanamente perturbadores (dos quais já nem lembro a cor.)
Mas aconteceu. Chovia, eu escondi meu rosto. Na poça de lágrimas que se formou abaixo dos meus olhos, se você tivesse a capacidade de enxergar alem da sua lente de ignorância, veria a mistura de êxtase que minha alma pusera para fora. Chovia, embora eu chorasse, minha alma ria, e você estava bem ali, implorando por mim.
O calor do teu abraço derreteu as correntes do meu espirito, eu estava livre denovo.
Não sei se te gosto ou te odeio, se te desejo ou se te quero morto. Na verdade essa confusão só mostra a indiferênça, não sou mais aquela que simplismente... se importa.
Não te amo mais. E não entendo porque alguem haveria de te amar.
E então a noite se foi, com sabor de vinho tinto em garrafa quebrada.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

.... O que fazer do meu amor?

Eu respiro tentando encher os pulmões de vida
Mas ainda é dificil deixar qualquer luz entrar...
Ainda sinto por dentro toda dôr dessa ferida. Mas o pior é pensar que isso um dia
vai cicatrizar...
Eu queria manter cada corte em carne viva, a minha dôr em eterna exposição e sair nos jornais e na televisão, só prá te enlouquecer...Até você me pedir perdão...
Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer que só me lembram que nada vai resolver,porque tudo...Tudo me traz você.
E eu já não tenho pra onde correr...
O que me dá raiva não é que você fez de errado, nem seus muitos defeitos nem você ter me deixado... Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia nem o que eu não vivi
Aprisionada em sua teia...
O que me dá raiva são as flores e os dias de sol, são os seus beijos e o que eu tinha sonhado prá nós...
São seus olhos e mãos e seu abraço protetor. É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?...