Páginas

domingo, 22 de janeiro de 2012

Memórias...


Partir. As vezes não parece tão estranho pra mim.

Aprendendo sem você.



Primeiros minutos do dia 23 de Janeiro
(Uma carta destinada à alguém sem nome nem rosto)
Querido, Eu tive aqueles sonhos denovo.
Você sabe quais. Aqueles que me faziam te agarrar bem forte e enquanto minhas lágrimas caiam no seu peito desnudo, voce ficava em silêncio... apenas me segurando... até passar.
Quanta coisa aconteceu desde que você foi embora. Hoje é dia vinte e três... como é que vão as coisas pra você de mês em mês? eu Queria te contar tanta coisa, ah, como eu queria. Queria que você visse como estou melhor. Como aprendi a me controlar um pouco mais. As pessoas veem, sabe? acho que estou indo até bem, por assim dizer. Uma coisa que eu aprendi é calar a boca e sorrir. Quando me dizem seu nome, ou me contam alguma coisa sua. Esconder a mágoa, a dor, a saudade.
Aprendi que pedaços frios e sem vida de metal não devem mais ficar arrancando a minha vida. Aprendi a fazer seu prato preferido, do jeito que você gosta, com azeitonas roxas.
Ah... Hoje eu aprendi que você nunca vai ir embora.
Você se foi mas, embaixo da minha pele ainda esta cravado seu nome.
Você parecia tão bem no meu sonho.
Com saudade, amor e outras porcarias.


Marcela.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Sete anos se passaram tão rápido


Uma foto pra relembrar a história de dois monstrinhos

Bem, ele era assim. Ele ainda É assim. Mesmo com toda bobagem quase obrigatória da infância, sempre manteve o ar de superior. O ar de menino inteligente mesmo antes da inteligência fazer algum sentido critico construtivo ou destrutivo que seria muito utilizado no futuro.
Futuro.. Quem diria, futuro? Pregou tantas peças. O futuro que hoje é passado e no passado que transformou o presente momento em desejos de mais futuros construtivos.
Ela era assim. Quieta e irritante ao mesmo tempo. Auto-afirmação, rebeldia desde bem pequena, ainda menor do que continuo. Ela gostava dele. Ele não conhecia ela.
Eles se conheceram e algo ali derivou de uma palavra muito mais intensa do que apenas gostar.
Mais alguns 24 meses e então eles eram amigos.
Daqueles tipo amigos para sempre. "Sem saber que o pra sempre, sempre acaba"
E mesmo quando acabou ainda tinha vestigios da lourinha com voz estridente e do menino alto que à levava para casa de cavalinho depois das aulas.
E foram tantas aulas, tantos dias. Tanto chocolate e tantos risos.
Depois de todas as lagrimas e distância que o tal de futuro mal planejado havia feito uma reserva de infinitas dores, mas ainda assim, a saudade mais bonita.
Seguiram pela mesma rodovia, mas em locomotivas diferentes. Ela foi deixada para traz. Não, ela se deixou para traz. Faltando um pedaço e com o coração sangrando exposto, totalmente desarmada. Ela ainda sentia falta dele. Ele sentia falta dela.
Eles vão passar uma borracha em todo o sangue derramado nas páginas tristes, Por que afinal, nossa borracha é daquelas que "apagam até caneta"

Com amor,
sua pequena.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Setembro.

Você poderia estar feliz e eu não saberei... Mas você não estava feliz no dia em que te vi partir. E todas as coisas que queria não ter dito ecoam repetidamente na minha cabeça até se transformar em loucura, até se transformar nessas madrugadas mal dormidas e nos sonhos perturbadores que me fazem levantar da cama e escrever. Só isso, só posso escrever.
É muito tarde para te lembrar de como nós éramos? Mas não os nossos últimos dias de silêncio, gritos, imagens borradas, e lembranças picotadas. Flashs, apenas Flashs da lembrança da sua voz me dizendo coisas tão cruéis.
É realmente não sei se me sinto feliz ou triste em saber que a cada dia venho esquecendo um pouco do tom da sua voz. E venho me esquecendo do seu numero de telefone. Quero que continue assim até sumir.. Até que não reste mais nada nenhum vestigio de pólvora da bala que você afundou no meu peito. Até que a lembrança dos machucados vá embora. Até que as cicatrizes no meu braço... sumam.
Mas das poucas coisas que me lembro, a maioria delas me faz voltar ao dia que te deixei sair pela porta.
Você poderia estar feliz, eu espero que esteja.
Você me fez mais feliz do que jamais fui... E mais melancólica também. E de alguma maneira tudo o que eu tenho cheira a você. E pelo mais curto momento, nada é verdade.
Agora faça as coisas que você sempre quis fazer. Não estou mais do seu lado em lágrimas tentando te impedir nos seus impulsos. Isso não é bom? Não pense, apenas faça.
Muito bem... Sente-se sozinho na sua cadeira elétrica. Eu não vou mais ficar tomando chocs emocionais por você. Não estou mais pronta pra te ver morrer, a cada dia, um pouco mais.
Olhe a lua sozinho na varanda. A cada setembro me esquecerei um pouco mais de você.
E já foram muitos setembros.

... Com amor e outras porcarias,
Marcela.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mistério em olhos coloridos

Todo ser vivo tem um significado por aqui.
De todos os animais, e de todas as milhares de espécies que não tive contato e desconheço, mesmo elas acredito em um significado. Talvez a cura de todos os pecados do bicho-humano. Talvez a qualidade escondida em mistérios e cores.
Quero falar especialmente dos Gatos e Cães.
Dos mais comum domesticados (alem do homem, haha) Observo Cães e Gatos.
Percebo que as qualidades dos cães são muito mais serevamente falando, amorosas. Não que eu julgue como algo ruim, pois o amor desde as primórdias da humanidade vem sendo retratado como algo belo. Porém, os cães amam demais. Dependem de uma fidelidade das quais nós não somos tão áptos à doar. Mas os cães estão sempre dispostos, mais que isso, quase obrigados por instinto à amar. Dependem de carinho e afeto, são apaixonados pelos donos, mesmo que sejamos cruéis, eles estarão sempre com o brilho no olhar de quem ama. Porém quem ama demais, assim como humanos, se tornam cegos e burros. Me desculpem os romanticos de plantão, mas amor exessivo faz isso: te cega, te arrasta, te machuca e te torna um eterno burro.
Já os gatos, eles tem algo que não consigo definir com tanta clareza. Aliás, clareza nenhuma. Das inúmeras horas que passei olhando para os olhos de um, de dois, de vários, e apesar da transparência e das cores místicas, há sempre algo que nunca vou entender ao certo. Apenas sei que o significado deles, para mim, são mais desenvolvidos dos que os dos cães.
Não sou uma pessoa de crenças. Não acredito em reencarnação, anjos, portões dourados, inferno ou paraíso. Mas acredito em energias, que afinal, não negue, é o que move o tudo. Existem energias ruins também. Aquelas que nos deprimem apenas pela poluição de um mundo semi-morto.
Podem pensar que sou louca, mas o blog é MEU e eu posto a loucura que me pertencer e que me der vontade. Eu acredito que os gatos são receptores de energias. Boas e também ruins. Eles amam tambem Ao contrário do que dizem, que apenas os cães se importam com os donos. A diferença é que, os felinos nos amariam mais do que permitiamos. Do que nossa raça suja e vil captaria. Mas eles são inteligentes demais para demonstrar o amor que tem. O ser humano está sempre querendo que algo satisfaça suas nescessidades de submição. Mas eu já citei que amor demonstrado demais vem com uma medalha de burrice? Não me diga que nunca fez uma burrice digna de um tapa na cara por amor. Os gatos não. Eles não satisfazem as nescessidades doentias do amor. Só as que também beneficiam à eles, e isso que eu acho incrivél.
Se você permitir, um felino conectará a alma na sua alma. Não acredito no deus que a maioria das pessoas acreditam. Mas acredito em alma. E não digo que seja um fantasminha abaixo dos seus ossos, mas sim nosso cerebro. E tudo que podemos fazer com ele e não sabemos. Então se me falarem que animal não tem alma, eu rapidamente irei discordar. Eles tem Cérebro também, não? E se conectado com o seu, captará suas energias, alegrias e tristezas.
Comecei chama-la assim, depois de estudar vagamente e tão curiosa como uma criança de cinco anos, o por quê de toda noite de insônia ela olhava para o nada. Para a profundeza do pedaço de céu que adentrava minha janela. Parada, com os olhos fixos à lua, como uma estátua, percebi que ela protegia meus sonhos. E quando chorava, ela saia da janela. Limpava minhas lagrimas e ficava comigo até eu dormir. E se, por alguma coisa eu acordasse no meio da madrugada, lá estava ela. Na janela.
Minha doce guardiã de olhos coloridos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Eu não sou beata

Aprendi muita coisa sozinha, outras tive que bater forte a cabeça na parede pra entender mas aos onze anos de idade eu já  desconfiava da verdade absoluta.
eu me criei na rua, eu ME criei e agora desenvolvi uma incapacidade de ter paciências pra ordens.
Eu  faço meu caminho, eu estou presa no corpo de uma menor de idade com algumas passagens na policia.

"Um passo sem  pensar,um outro dia, outro lugar. Pelo caminho, garrafas e cigarros. Sem amanhã, por diversão roubava. Tem sete vidas mas ninguem sabe de nada, carteira falsa com  idade adulterada. Cabelo roxo tatuagem na virilha, um rosto novo um  corpo feito pro pecado. A vida é bela, o paraíiso é um comprimido, qualquer balaco  ilegal ou proibido. O mundo vai  acabar e ela só quer dançar."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Barco da Isolação

Não quero ver ninguém. Hoje eu não to afim de ser desrespeitada, de fazer só a minha parte quando outras parte só se move  pra fazer o mal.
Hoje eu não  quero falar com ninguem, me tranquei num barco de  desolações, e isolada.
Quero que  só o  balanço da agua exista, pra deixar de  existir um tédio total. Pra deixar de existir sua frieza, vou aquecer minhas mãos na  agua morna do mar, e depois  calar-me com elas proprias
porque hoje, eu não quero ouvir mais ninguem.