Quanto tempo falta pra gente se ver hoje?
Quanto tempo falta pra gente se ver logo?
Quanto tempo falta pra gente se ver todo dia?
Quanto tempo falta pra gente se ver sempre?
Quanto tempo falta pra gente se ver dia sim dia não?
Quanto tempo falta pra gente se ver às vezes?
Quanto tempo falta pra gente se ver cada vez menos?
Quanto tempo falta pra gente não querer se ver?
Quanto tempo falta pra gente não querer se ver nunca mais?
Quanto tempo falta pra gente se ver e fingir que não se viu?
Quanto tempo falta pra gente se ver e não se reconhecer?
Quanto tempo falta pra gente se ver e nem lembrar que um dia se conheceu?
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
Chove na lua
A minha mente apaga pedaços do tempo
Para que eu possa seguir em frente livre da moldura de cobre que agarra as memórias
E a vida da gente passa de repente, esbarrando em rastros de aromas que estão sempre suspensos no ar
Mas quando chega a chuva, o vento empurra pra debaixo da pele as explicações esfoladas da alma... sentimentos ja incinerados voltam a aquecer as pontas dos dedos, o coração pesa dentro do peito, e nem todo o tempo nem todo o vento do mundo é capaz de tirar de mim o fantasma do seu beijo
Seu veneno doce correndo lentamente em minhas veias me faz sentir viva.
Para que eu possa seguir em frente livre da moldura de cobre que agarra as memórias
E a vida da gente passa de repente, esbarrando em rastros de aromas que estão sempre suspensos no ar
Mas quando chega a chuva, o vento empurra pra debaixo da pele as explicações esfoladas da alma... sentimentos ja incinerados voltam a aquecer as pontas dos dedos, o coração pesa dentro do peito, e nem todo o tempo nem todo o vento do mundo é capaz de tirar de mim o fantasma do seu beijo
Seu veneno doce correndo lentamente em minhas veias me faz sentir viva.
sexta-feira, 15 de agosto de 2014
O mundo é um moinho
Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
Cartola
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora de partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora eu saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés
Cartola
quarta-feira, 13 de agosto de 2014
Extraordinário
Já fazia algum tempo que eu não chorava como chorei nesses primeiros minutos de uma manhã qualquer que ainda está por raiar em agosto
Nem é setembro, e já começou a doer
Aquela ferida que se abre depois de tantas partidas, foi junho ou julho do ano passado na última vez
Eu simplesmente não consigo lidar com essas despedidas toscas
Eu não sou boa o suficiente pra conseguir fazer tudo que me dá vontade e nem forte o bastante pra superar o fato de que eu nunca mais farei as coisas que deixei pra lá
"Eu não suporto te perder assim, tão cronicamente"
Agora tento tirar rapidamente esse amargo do rosto, esse sal dos olhos
Tudo anda sendo tão rápido, e eu tenho tão pouco tempo
Antes eu achava que nós tínhamos todo o tempo do mundo
Antes eu achava que poderia te ganhar com palavras
Eu acreditei que te guardei dentro do meu peito pra sempre, sempre...
Mas eu era tão tola.
E de tão burra que fui, deixei tudo isso acontecer, deixei que os dias escapassem pelos meus dedos como uma areia fina, e deixei que o vento soprasse meus barcos de papel, e que a porra das ondas apagassem o escrito de cristo na areia
Foda-se a intervenção divina
Eu não quero mais crer no extraordinário uma vez que tudo de mais extraordinário que aconteceu na minha vida
Eu perdi.
Nem é setembro, e já começou a doer
Aquela ferida que se abre depois de tantas partidas, foi junho ou julho do ano passado na última vez
Eu simplesmente não consigo lidar com essas despedidas toscas
Eu não sou boa o suficiente pra conseguir fazer tudo que me dá vontade e nem forte o bastante pra superar o fato de que eu nunca mais farei as coisas que deixei pra lá
"Eu não suporto te perder assim, tão cronicamente"
Agora tento tirar rapidamente esse amargo do rosto, esse sal dos olhos
Tudo anda sendo tão rápido, e eu tenho tão pouco tempo
Antes eu achava que nós tínhamos todo o tempo do mundo
Antes eu achava que poderia te ganhar com palavras
Eu acreditei que te guardei dentro do meu peito pra sempre, sempre...
Mas eu era tão tola.
E de tão burra que fui, deixei tudo isso acontecer, deixei que os dias escapassem pelos meus dedos como uma areia fina, e deixei que o vento soprasse meus barcos de papel, e que a porra das ondas apagassem o escrito de cristo na areia
Foda-se a intervenção divina
Eu não quero mais crer no extraordinário uma vez que tudo de mais extraordinário que aconteceu na minha vida
Eu perdi.
sexta-feira, 25 de abril de 2014
É sobre eu e você
Linha que pena em atravessar a agulha
Eu e você.
Agulha que pena em atravessar um tapete grosso
Você e eu.
Juntos, éramos mais fortes, éramos quase invencíveis.
E por conta disso que a vida nos derrubou tanto.
Longe de ti, eu vi tudo tão embaçado. Longe, nós dirigimos em estradas diferentes e batemos os carros no mesmo lugar
De baixo da mesma lua foi que choramos baixinho, sem querer acordar um ao outro
Sem nos dar conta de que, juntos, não precisaríamos de tantas lágrimas...
Sem ao menos perceber que o outro não dormia.
Eu e você
cowboys, bandidos, heróis.
A vida foi quem nos intercalou em meio a tanto silêncio
E seus olhos em meio ao mar aberto de sentimentos
Disse tanto que me fez chorar.
É sobre nós dois embaixo daquele pé de caju
Sobre aquela mesa de bilhar
E aquele seu jeito tão meu de andar...
Eu e você
Bichos do mato, aves noturnas, seres da parte mais profunda do oceano
E nossas marcas de expressões. E nossas formas de entreabrir os lábios.
O som da sua risada paira na minha
E a lembrança do seu sorriso bobo, me olhando jogar bola com a vizinha da frente...
Apesar da dor e da saudade, do arrependimento e da culpa
É sobre amor que falo
É sobre como nunca mais te deixo morrer outra vez.
Eu te amo demais.
Eu e você.
Agulha que pena em atravessar um tapete grosso
Você e eu.
Juntos, éramos mais fortes, éramos quase invencíveis.
E por conta disso que a vida nos derrubou tanto.
Longe de ti, eu vi tudo tão embaçado. Longe, nós dirigimos em estradas diferentes e batemos os carros no mesmo lugar
De baixo da mesma lua foi que choramos baixinho, sem querer acordar um ao outro
Sem nos dar conta de que, juntos, não precisaríamos de tantas lágrimas...
Sem ao menos perceber que o outro não dormia.
Eu e você
cowboys, bandidos, heróis.
A vida foi quem nos intercalou em meio a tanto silêncio
E seus olhos em meio ao mar aberto de sentimentos
Disse tanto que me fez chorar.
É sobre nós dois embaixo daquele pé de caju
Sobre aquela mesa de bilhar
E aquele seu jeito tão meu de andar...
Eu e você
Bichos do mato, aves noturnas, seres da parte mais profunda do oceano
E nossas marcas de expressões. E nossas formas de entreabrir os lábios.
O som da sua risada paira na minha
E a lembrança do seu sorriso bobo, me olhando jogar bola com a vizinha da frente...
Apesar da dor e da saudade, do arrependimento e da culpa
É sobre amor que falo
É sobre como nunca mais te deixo morrer outra vez.
Eu te amo demais.
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Luz da minha vida
- “... – e eu não conseguia parar de olhar para ela, e soube tão
claramente como sei agora, que estou prestes a morrer, que a amava mais
que tudo que já vi ou imaginei na Terra, ou esperei descobrir em
qualquer outro lugar. Ela era só um eco de aroma tênue violeta e folhas
mortas da ninfeta sobre quem eu rolara no passado com tantos gritos; um
eco à beira de uma ravina rubra, com um arvoredo esparso sob um céu
branco, folhas castanhas entupindo o leito do riacho, e um último grilo
perdido em meio à relva ressecada... mas graças a Deus não era só esse
eco que eu adorava.”
(Lolita)
(Lolita)
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