Este-silêncio-mata.
E não apenas mata, mas enterra, palmos e palmos de poeira da estrela que explodiu bem acima da minha cabeça. Enterra a alma no vácuo e enterra o corpo embaixo de um lençol florido sem muita graça, numa cama grande demais pra essa solidão. Enterra a cabeça em quatro travesseiros e a mente na televisão, um homem matou 27 em connecticut, pobre. "Das crianças?" -Não, dele, pobrezinho dele, Adam né?... Obama quer a paz, mas não tira as tropas da Síria, a miss universo também quer a paz, mas não tira a bela bunda do sofá cor-de-rosa, todo mundo quer a paz, todo mundo quer a cura, todo mundo quer ser amado, todo mundo apenas quer. E querer não é poder, eu queria tanto poder dizer ao mundo o que digo a mim mesma quando fecho os olhos e te imagino aqui.
O poder, o pudor, ninguém mais se importa, mas mesmo assim, vivo de mentira à mentira, igualzinha a luz da televisão, e por um segundo nada mais é de verdade.
Eu te lembro o tempo todo, cada instante do dia. Lembro tuas alcunhas, e tenho o ímpeto de cravar as unhas no meu próprio braço, tão forte até que sua imagem me deixe em paz. E me deixe dormir.
Depois que desligo a televisão, o barulho da eletricidade estática paira no ar, e na minha cabeça, marchas fúnebres ecoam, pelos 27 de connecticut, por Adam, pela Síria e pela lembrança da última noite que nos vimos.
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
domingo, 16 de dezembro de 2012
Oi, lucas, se você ainda lê essa porcaria, deixa eu te contar que descobri que somos mesmo muito parecidos, você um otário, eu uma perdida.
Que vive perdendo as coisas por aí, por sinal, perdi meu celular, perdi teu número, perdemos o contato.
Dê sinal de vida, reativa a porra do facebook, deixa um comentário de vez enquando, ou mande lembranças. Eu sinto saudades, e não quero perder você no tempo.
Que vive perdendo as coisas por aí, por sinal, perdi meu celular, perdi teu número, perdemos o contato.
Dê sinal de vida, reativa a porra do facebook, deixa um comentário de vez enquando, ou mande lembranças. Eu sinto saudades, e não quero perder você no tempo.
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
E quando sorriu, ficou ainda mais bonita. - Para Liege Ligo
Olhos claros, na ressumbra de um dia que ainda está para nascer, que vem surgindo atravéz de escuros fios de cabelos grossos, fortes, brilhantes. Quem diria? Quem diria, que de tão frágil a porcelana que compõe teu rosto, nasceria essas maçãs maduras, que cheiram à primavera.
Ah, a garota vivia sofrendo por alguma coisa. Quantas pessoas eu gostaria de interromper a vida, mesmo que esse direito não me pertença pelas leis divinas, mas quantas pessoas eu queimaria vivas, por terem te feito chorar. Então, conte pra mim, o que te faz chorar...
Eu nunca mais quero te ver chorar.
Alívio. É o que eu sinto, muitas vezes, quando te vejo sorrir.
Sei que tudo isso é vida real, é dor real, mais que isso, é a realidade crua, da qual a maioria das pessoas não conhecem, apenas julgam. Realidade nua. Mas me diga, moça dos olhos claros, esse teu sorriso, é de verdade?
Pois como eu gostaria que fosse. Teu olhar eu sei que é, são como duas janelas de uma cabana em um resort. São como as escadarias do céu. E eu sei que desde o início, olhei-te como se eu soubesse que você também não era daqui.
Somos como limbo na água que outrora era potável, somos pedaços de quebra-cabeças sem par. Ou talvez estejamos aqui, a par de tudo que acontece, e toda sujeira que nos rodeia, sei que não te conheço, mas te sinto.
Desejo, apenas que teu sorriso seja de verdade mais vezes, pois sei que ele é, a maioria do tempo. Pois pessoas fortes não são derrubadas, e quando tu caí, teu espírito se eleva, e se eleva tanto, que posso sentir, a paz vai chegar, eu prometo. Por mim e por você.
Ah, a garota vivia sofrendo por alguma coisa. Quantas pessoas eu gostaria de interromper a vida, mesmo que esse direito não me pertença pelas leis divinas, mas quantas pessoas eu queimaria vivas, por terem te feito chorar. Então, conte pra mim, o que te faz chorar...
Eu nunca mais quero te ver chorar.
Alívio. É o que eu sinto, muitas vezes, quando te vejo sorrir.
Sei que tudo isso é vida real, é dor real, mais que isso, é a realidade crua, da qual a maioria das pessoas não conhecem, apenas julgam. Realidade nua. Mas me diga, moça dos olhos claros, esse teu sorriso, é de verdade?
Pois como eu gostaria que fosse. Teu olhar eu sei que é, são como duas janelas de uma cabana em um resort. São como as escadarias do céu. E eu sei que desde o início, olhei-te como se eu soubesse que você também não era daqui.
Somos como limbo na água que outrora era potável, somos pedaços de quebra-cabeças sem par. Ou talvez estejamos aqui, a par de tudo que acontece, e toda sujeira que nos rodeia, sei que não te conheço, mas te sinto.
Desejo, apenas que teu sorriso seja de verdade mais vezes, pois sei que ele é, a maioria do tempo. Pois pessoas fortes não são derrubadas, e quando tu caí, teu espírito se eleva, e se eleva tanto, que posso sentir, a paz vai chegar, eu prometo. Por mim e por você.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Um banho bem frio que serviu pra acordar pra vida.
Eu me encontrava inerte, e a agua corria.
Joga gelo nessa história, corta tudo isso. Congela esse negócio ruim e atira longe, quebre em mil pedaços esse nojo que senti de ti. Só quero que permaneça intacto aquilo que senti outrora antes.
Apesar de tudo, demônio, te amo.
Eu me encontrava inerte, e a agua corria.
Joga gelo nessa história, corta tudo isso. Congela esse negócio ruim e atira longe, quebre em mil pedaços esse nojo que senti de ti. Só quero que permaneça intacto aquilo que senti outrora antes.
Apesar de tudo, demônio, te amo.
segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Madrugada colorida
Na intimidade de um quarto com as cortinas roxas fechadas, é madrugada.
A pele é branca como leite, derramado no carpete de madeira, a boca é roxa como a cortina que lambe as paredes assim como a boca lambe a carne, e a carne arde na ressumbra de diáfanas pernas trêmulas, morde os lábios, ri rapidamente, é madrugada.
O pecado mora embaixo da saia e sua pele dorme embaixo das unhas vermelhas.
A pele é branca como leite, derramado no carpete de madeira, a boca é roxa como a cortina que lambe as paredes assim como a boca lambe a carne, e a carne arde na ressumbra de diáfanas pernas trêmulas, morde os lábios, ri rapidamente, é madrugada.
O pecado mora embaixo da saia e sua pele dorme embaixo das unhas vermelhas.
domingo, 28 de outubro de 2012
Cinco horas da tarde e cinquenta e oito minutos perdidos no tempo
No lugar de segurar seu orgulho, você deveria ter segurado à mim.
Entende agora porque eu ficava brava quando vc saia com seus amigos inconsequentes? Meu bem, eu nunca desejei sua morte, você entendeu errado, você sempre entende errado. É que as vezes eu tenho raiva, sabe?Raiva de mim, de você, das brigas desnecessárias e da idiotice que foi ter abrido mão de tudo que era mais importante pra mim.
Eu não tô legal, mas já aceitei o fim.
Tenho até me cuidado, larguei aquelas besteiras, tô fazendo tudo da forma que você mesmo disse que eu deveria fazer, e você tá bem? bom, eu nem sei porque que eu estou te falando essas coisas, você não liga mesmo. Chegou a pedir pra eu te deixar em paz, e olha só, quem diria! Dessa vez foi de verdade, dessa vez doeu bem mais fundo.
Então, eu vou acabar te deixando em paz mesmo, uma hora ou outra esse negócio ruim entalado na garganta, apertando o peito e ardendo os olhos e secando a boca vai passar não vai?
Entende agora porque eu ficava brava quando vc saia com seus amigos inconsequentes? Meu bem, eu nunca desejei sua morte, você entendeu errado, você sempre entende errado. É que as vezes eu tenho raiva, sabe?Raiva de mim, de você, das brigas desnecessárias e da idiotice que foi ter abrido mão de tudo que era mais importante pra mim.
Eu não tô legal, mas já aceitei o fim.
Tenho até me cuidado, larguei aquelas besteiras, tô fazendo tudo da forma que você mesmo disse que eu deveria fazer, e você tá bem? bom, eu nem sei porque que eu estou te falando essas coisas, você não liga mesmo. Chegou a pedir pra eu te deixar em paz, e olha só, quem diria! Dessa vez foi de verdade, dessa vez doeu bem mais fundo.
Então, eu vou acabar te deixando em paz mesmo, uma hora ou outra esse negócio ruim entalado na garganta, apertando o peito e ardendo os olhos e secando a boca vai passar não vai?
Vai ser difícil. Eu bebo, fico louca, esqueço as chaves, perco o celular, perco a cabeça, esqueço meu endereço e esqueço meu nome, só não esqueço seu número, mas... você nunca atende. Nunca tá nem aí.
Pedi pros meus amigos não deixarem mais eu te ligar, desculpa quando eu te ligo. É que eu esqueço de fingir que te esqueci.
Agora, acho que falei quase tudo. Só te peço uma coisa. Se cuida. Se cuida bem.
Outubro. Tinha esquecido que o Outubro era a reabilitação da ressaca de Setembro.
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Another bullshit
Diga a ele que você me viu
Que eu parecia muito bem
Apesar de tantas noites vazias
Tantas madrugadas vendo tv
Na verdade, dias intermináveis
Diga a ele que me viu num bar
E eu estava com umas amigas
Apesar de eu conhecer quem me rodeia
Tantos estranhos tão perto
Na verdade, longe do principal.
Diga a ele que me viu sozinha.
Diga que ele sabe onde eu estou
Diga a ele que me viu na rua
Que eu caminhava muito devagar
Que eu olhava para todos para enxergar
Tanto espaço dentro de mim
Na verdade, ele sabe quem eu sou.
Diga a ele que me viu crescer, que eu parecia tão melhor. Diga a ele que me viu estudar, diga que eu parecia tão importante. Diga a ele que, de vez em quando, eu ainda pareço tão inocente.
Que eu parecia muito bem
Apesar de tantas noites vazias
Tantas madrugadas vendo tv
Na verdade, dias intermináveis
Diga a ele que me viu num bar
E eu estava com umas amigas
Apesar de eu conhecer quem me rodeia
Tantos estranhos tão perto
Na verdade, longe do principal.
Diga a ele que me viu sozinha.
Diga que ele sabe onde eu estou
Diga a ele que me viu na rua
Que eu caminhava muito devagar
Que eu olhava para todos para enxergar
Tanto espaço dentro de mim
Na verdade, ele sabe quem eu sou.
Diga a ele que me viu crescer, que eu parecia tão melhor. Diga a ele que me viu estudar, diga que eu parecia tão importante. Diga a ele que, de vez em quando, eu ainda pareço tão inocente.
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