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segunda-feira, 21 de maio de 2012

O nome dela é Beatriz.

Ela costumava me esperar no último ponto, me lembro dela assim, em dias de chuva, dias cinzentos. Só ela sabia colori-los para mim.


Procurei fotos de longos cabelos trançados para ilustrar esse texto, mas não achei nenhum que me lembrasse as ondas dos teus, então lembrei da chuva, dos lugares proibidos, da sua touca molhada, sua voz rouca. Lembrei do cheiro das ondas  dos seus cabelos, do tom da sua voz as vezes um tanto triste, as vezes extasiado  quando você me contava sobre suas bandas, e a alegria que a musica te traz, diferente de tudo que já vi.
Lembrei que você acreditava em mim quando ninguém mais acreditava, e me esperava sempre na chuva, sempre forte, sempre frágil, sempre delicada.
Lembrei o quanto você sabe ser insuportável, e o quanto sabe ser incrível.

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