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sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Mistério em olhos coloridos

Todo ser vivo tem um significado por aqui.
De todos os animais, e de todas as milhares de espécies que não tive contato e desconheço, mesmo elas acredito em um significado. Talvez a cura de todos os pecados do bicho-humano. Talvez a qualidade escondida em mistérios e cores.
Quero falar especialmente dos Gatos e Cães.
Dos mais comum domesticados (alem do homem, haha) Observo Cães e Gatos.
Percebo que as qualidades dos cães são muito mais serevamente falando, amorosas. Não que eu julgue como algo ruim, pois o amor desde as primórdias da humanidade vem sendo retratado como algo belo. Porém, os cães amam demais. Dependem de uma fidelidade das quais nós não somos tão áptos à doar. Mas os cães estão sempre dispostos, mais que isso, quase obrigados por instinto à amar. Dependem de carinho e afeto, são apaixonados pelos donos, mesmo que sejamos cruéis, eles estarão sempre com o brilho no olhar de quem ama. Porém quem ama demais, assim como humanos, se tornam cegos e burros. Me desculpem os romanticos de plantão, mas amor exessivo faz isso: te cega, te arrasta, te machuca e te torna um eterno burro.
Já os gatos, eles tem algo que não consigo definir com tanta clareza. Aliás, clareza nenhuma. Das inúmeras horas que passei olhando para os olhos de um, de dois, de vários, e apesar da transparência e das cores místicas, há sempre algo que nunca vou entender ao certo. Apenas sei que o significado deles, para mim, são mais desenvolvidos dos que os dos cães.
Não sou uma pessoa de crenças. Não acredito em reencarnação, anjos, portões dourados, inferno ou paraíso. Mas acredito em energias, que afinal, não negue, é o que move o tudo. Existem energias ruins também. Aquelas que nos deprimem apenas pela poluição de um mundo semi-morto.
Podem pensar que sou louca, mas o blog é MEU e eu posto a loucura que me pertencer e que me der vontade. Eu acredito que os gatos são receptores de energias. Boas e também ruins. Eles amam tambem Ao contrário do que dizem, que apenas os cães se importam com os donos. A diferença é que, os felinos nos amariam mais do que permitiamos. Do que nossa raça suja e vil captaria. Mas eles são inteligentes demais para demonstrar o amor que tem. O ser humano está sempre querendo que algo satisfaça suas nescessidades de submição. Mas eu já citei que amor demonstrado demais vem com uma medalha de burrice? Não me diga que nunca fez uma burrice digna de um tapa na cara por amor. Os gatos não. Eles não satisfazem as nescessidades doentias do amor. Só as que também beneficiam à eles, e isso que eu acho incrivél.
Se você permitir, um felino conectará a alma na sua alma. Não acredito no deus que a maioria das pessoas acreditam. Mas acredito em alma. E não digo que seja um fantasminha abaixo dos seus ossos, mas sim nosso cerebro. E tudo que podemos fazer com ele e não sabemos. Então se me falarem que animal não tem alma, eu rapidamente irei discordar. Eles tem Cérebro também, não? E se conectado com o seu, captará suas energias, alegrias e tristezas.
Comecei chama-la assim, depois de estudar vagamente e tão curiosa como uma criança de cinco anos, o por quê de toda noite de insônia ela olhava para o nada. Para a profundeza do pedaço de céu que adentrava minha janela. Parada, com os olhos fixos à lua, como uma estátua, percebi que ela protegia meus sonhos. E quando chorava, ela saia da janela. Limpava minhas lagrimas e ficava comigo até eu dormir. E se, por alguma coisa eu acordasse no meio da madrugada, lá estava ela. Na janela.
Minha doce guardiã de olhos coloridos.

domingo, 20 de novembro de 2011

Eu não sou beata

Aprendi muita coisa sozinha, outras tive que bater forte a cabeça na parede pra entender mas aos onze anos de idade eu já  desconfiava da verdade absoluta.
eu me criei na rua, eu ME criei e agora desenvolvi uma incapacidade de ter paciências pra ordens.
Eu  faço meu caminho, eu estou presa no corpo de uma menor de idade com algumas passagens na policia.

"Um passo sem  pensar,um outro dia, outro lugar. Pelo caminho, garrafas e cigarros. Sem amanhã, por diversão roubava. Tem sete vidas mas ninguem sabe de nada, carteira falsa com  idade adulterada. Cabelo roxo tatuagem na virilha, um rosto novo um  corpo feito pro pecado. A vida é bela, o paraíiso é um comprimido, qualquer balaco  ilegal ou proibido. O mundo vai  acabar e ela só quer dançar."

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Barco da Isolação

Não quero ver ninguém. Hoje eu não to afim de ser desrespeitada, de fazer só a minha parte quando outras parte só se move  pra fazer o mal.
Hoje eu não  quero falar com ninguem, me tranquei num barco de  desolações, e isolada.
Quero que  só o  balanço da agua exista, pra deixar de  existir um tédio total. Pra deixar de existir sua frieza, vou aquecer minhas mãos na  agua morna do mar, e depois  calar-me com elas proprias
porque hoje, eu não quero ouvir mais ninguem.

domingo, 30 de outubro de 2011

À Letícia Sampaio,minha eterna.

Algumas vezes na vida, você encontra uma amiga especial. Alguém que muda sua vida simplesmente por estar nela. Alguém que te faz rir até você não poder mais parar. Alguém que faz você acreditar que realmente tem algo bom no mundo. Alguém que te convence que lá tem uma porta destrancada só esperando você abri-la. Isso é uma amizade pra sempre. Quando você está pra baixo e o mundo parece escuro e vazio, sua amiga pra sempre te põe pra cima e faz com que o mundo escuro e vazio fique bem claro. Sua amiga pra sempre te ajuda nas horas difíceis, tristes e confusas. Se você se virar e começar a caminhar, sua amiga pra sempre te segue. Se você perder seu caminho, ela te guia e te põe no caminho certo. Sua amiga pra sempre segura sua mão e diz que vai ficar tudo bem. Sua amiga é pra sempre, e pra sempre não tem fim.

domingo, 23 de outubro de 2011

Alguma coisa sem sentido e sem sanidade

Me sinto desprotegida. E sozinha.
Não estou sozinha e sempre soube me defender, sempre andei pelas madrugadas sem nenhuma  paranóia
A vida é engraçada.. Ela prega peças em nós. Ando tão assustada, minha paranóia atual é um pensamento torturante que não me deixa sozinha. "onde você está agora? o que você esta fazendo?  com quem você está se deitando?"
A última vez que olhei em teus olhos, era tão utópico. Uma fina camada de neblina cobrindo meu coração, um copo cheio  pra não perder o controle. Pra não correr pra você e falar mil coisas que eu sei que não adiantariam, mas ainda assim sinto vontade.
As vezes sinto um  alivio por estar longe. Mas a maior parte do tempo, desejo sua presença infame aqui.
Conheço tão bem essa droga de sentimento. Passei por ele à um tempo atraz. E depois como numa escala gráfica elevando meu estado de espírito eu rodopiei num passo de dança falho e agora brutalmente estou no chão, com os joelhos sangrando denovo. 
A diferença é que dessa vez não vou implorar e tambem não quero mais tocar no seu nome, e nas suas coisas, e não  vou mais vestir sua regata pra dormir.
você não está aqui.
Me pego pensando, será que de vez enquando você sente minha falta também?
é tão dificil aceitar que não somos mais 'nós'. Somos apenas dois pedaços de almas, extraordináriamente longe uma da outra. Meu desejo de te tocar ainda queima. Mas eu queimei todas as minhas fotos suas.
O mais dificil agora é arrancar do coração e da memória algo que já fazia parte de mim a muito tempo.
Dei mais de mim pra você do  que pra mim mesma.
Investimento pra um retorno masoquista, te ver  longe, te ver bem.
Só posso agora esperar que a boa sorte siga seus passos. As vezes te quero morto, as vezes imploro pra alguem olhar por você. Te segurar nos seus impulsos, e pra quando  alguem te abraçar, abraçar bem forte, muito forte mesmo. Apesar da dor de saber  que alguem está segurando MINHA  VIDA nos braços, eu espero que segure forte...  E não te deixe cair.. Eu não suporto...
Eu não estou suportando
Estou falhando
Cobrindo tudo isso com sorrisos, com uma indiferença de plástico
Por que você tem que ir embora tão cronicamente?
Sempre que você estava por perto inundava meu  peito com um sentimento bom, e depois tirava bruscamente. E agora tirou pra sempre.
Não me culpo. Não sou mais infantil a ponto de recolher os ferimentos que você causou e depois empurrou para mim. Mas querendo ou não, os ferimentos estão aqui, estão por toda parte em mim.
Não te culpo também. Mas não faço a miníma idéia do que eu estou escrevendo agora, e vou postar sem reler. Cansei de rever minhas memórias procurando um pouco de você e encontrando muito. Além da minha capacidade de ver sem tocar. De ler sem chorar.
Só espero que você se cuide. E se cuide bem..

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

A primeira vez que rezei

Desprezando os tempos desperdiçados em  lavagens cerebrais dentro de uma igreja  e com algemas mentais, hoje rezei pela primeira vez. Não sei pra quem. Talvez, pra  mim mesma.
Rezando pra ter coragem de aprofundar a lâmina.
Rezando pra  acordar e que tenha sido, em nome de qualquer porra sagrada, apenas um pesadelo.
Acordar no seu lençol com uma poça de sangue, e saber que falhou, mais uma vez. Essas veias são tão teimosas quanto eu.
Você nem pode estar falando sério. Como é que eu vou viver só com o restinho da sua vida que sobrou na minha vida enquanto você já está vivendo outra vida? Minha vida ficou mais em você do que mim, não consegue ver isso? Você só pode ter.. retardamento mental.
Você foi meu maior amor. E minha maior perda. De tempo.
Agora estou rezando pra você morrer.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Não vá embora.

Manhã fria e gelada não há muito o que dizer sobre as coisas presas em minha mente... E como o dia vai amanhecendo meu ônibus já se foi com todas as coisas presas em minha mente.
Eu não quero estar lá quando você estiver partindo
Eu não quero estar lá quando você tocar o chão
...Então não vá emboradiga o que disser mas diga que ficará para sempre e mais um dia na minha vida...Porque preciso de mais tempo!
Sim, preciso de mais tempo apenas pra fazer as coisas certas.
FODA-SE a minha situação e os jogos que tenho que jogarc om todas as coisas presas em minha mente
FODA-SE a minha educação eu não consigo achar palavras para dizer... As coisas presas em minha mente.
O que está acontecendo comigo e com você? Tudo que nós parecemos saber é como mostrar, que os sentimentos estão errados... 
Não fique longe...








a gente nunca pensa.

 Fecho os olhos, tudo roda. Tento me concentrar dentro do meu cerebro que só mostra milhares de insetos negros batendo as asas, um nascendo do outro, fazem uma pressão como se fossem saltar dos meus olhos e boca a qualquer momento. Fazem um barulho terrivel, desconcertante, mas ainda assim é melhor do que abrir os olhos e ver o cronograma da sua imagem indo embora se repetindo, repetindo, repetindo, uma tortura visual, uma sobrecarga emocional intensa. Não te vejo voltando. Não me olho no espelho, e desde então, nao vi meu sorriso.
E os únicos gostos que carreguei desde então foi o gosto de vodka, de café, de cigarro e de lágrima. Eu queria só o seu gosto.
Tento lembrar de outras coisas, mas são só momentos picotados, de um cerebro frito à rivotril
 Uma rodoviária cheia de gente. Dois dias, duas vertigens. Uma que durou 15 segundos pela manhã, outra que durou 59 minutos. Um ônibus quebrado na chuva, um surto. Um bloqueio, lágrimas, tremedeira. Coração disparado, corpo lento, visão embassada.
Sangue...
Sangue...
Anjos tristes oferecem rosas aos cortes da mocinha que acaba de ser lançada de um lugar muito alto direto pro inferno.
É quente, mas dentro de mim está frio, muito frio!
Um desmaio no meio do centro da cidade, uma bolsa que cai longe do meu corpo. Um esforço pra voltar à conciencia, outra vertigem. Outra tortura, vários desesperos.
Trancada dentro de ódio, dentro de amor. Numa abstinencia violenta de você. Abstinencia de razão, Tudo que vejo agora é sangue, pingando no teclado. É bonito.
Eu nunca pensei que uma coisa tão bonita me levaria para cima para depois me lançar para baixo.
A gente NUNCA pensa.
E agora, café e doses fortes.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

As vezes tudo está tão errado.

Tragava profundamente, queimando até o último traço de nicotina, enchia seus lábios de ódio e seu pulmão de... merda.
Tinha olhos vermellhos e uma imensa capacidade de manter qualquer vestígio de amor afastado.
Na verdade, a única capacidade de fazer alguma coisa direito era quando fazia o errado, o sujo. Liderando uma linha de frente toda molhada de gasolina e... bem perto do fogo.
assim como a linha da genialidade é tão proxima da loucura
a linha do vazio é bem estreita quanto ao tudo. Tudo que a envolvia ali, mas parecia trancada num mundo do pequeno principe. Com uma unica árvore maldita fodendo com tudo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

stay away from me

"o que você disse?"
Me dirigi à ela, que calada, expandiu suas pupilas - Depois silêncio.
Um silêncio tão profundo que quase pude ouvir a respiração do planeta.
Bem, na verdade pode ser que ela não tenha dito nada mesmo, mas eu nunca perderia a oportunidade de uma briga. Talvez o mundo todo vem sendo apenas silêncio... Talvez seja meu  hábito de me ofender facilmente, como um animal arisco mas na verdade  essa facilidade é só vontade de ofender os outros. 
Eu não sei o que há comigo, Mas meu sangue corre mais rápido se houver uma garrafa quebrada ocilando na minha mão.
Agressão. Não sei onde pode chegar, nem quando. Eu estou à um passo de insultar você, e toda sua crença ridicula que polui o mundo e embassa meus espelhos.
Ofender machuca, mas o insulto... Bem, o insulto pode levar a morte.
Eu na verdade não pretendo matar ninguem, não agora. Mas não sei se é inconveniente eu lembrar que já imaginei sua cabeça perdida entre suas tripas espalhadas no chão do meu quarto. - Foda-se se for. Ninguém lê mesmo essa porra. É como um diário, sujo (moralmente imundo) e empoeirado.
O  mundo  é isso, afinal. Aqui vemos quem se fragiliza ou não, o mundo é imundo. Um roteiro inteiro de uma pornografia violenta estuprando a mente de todos vocês.
Dizem que ódio faz mal pra mal, mas é mais como... ópio.
Essa é apenas minha vontade de apagar meu cigarro nas suas entranhas.
De você mesmo, por você mesmo.
Fique longe de mim.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Histórias pra ouvir sábado à noite- I

Me passe a vodka, quero contar uma história. Não, não precisa de gelo nem limão, muito menos de um copo.
Certa vez tive vontade de destruir  algo grandioso e belo.
Precisamente procurei em todos os cantos da minha casa, Mas tudo que era belo pra mim não era nescessariamente grandioso. Procurei pela cidade, e das tantas coisas grandiosas que achei, nenhuma era bela. Rodei  o mundo. Correndo o dedo pelas páginas de todos os livros. Marcando meus passos em todos os trens, e em todos os elevadores, e  em toda radioatividade presente em qualquer sala secreta. Nada me satisfazia.
Senti então vontade de expor meu podre ao mundo. De chocar uma nação. Senti vontade de obrigar todo mundo olhar pra dentro da podridão infinita que existe em todos nós. Senti vontade de ensinar a palavrões à uma criança, senti vontades de ensinar a vida à adultos.
Quis deixar de  me importar! Não, eu quis me importar. Quis mesmo me importar  a ponto de mover o mundo e toda a hipocrisia nele existente. Quis bater no peito e dizer, sou assim como todos vocês, vermes nascidos de vermes. Poeira dessa imundice toda, Arrogante! Sou filha do orgulho e do pecado, e só disso somos feitos.
Quis queimar uma biblía no meio de um jantar de  familia. Mas tive que interromper para acender um cigarro.
E essa vodka que desce queimando a garganta, barata, vil, assim como eu. Barata. Assim como todos nós.
Senti vontade de procurar o papai noel e lhe contar que o amor não existe.  Vontade de contar  a ele que desperdicio mesmo, não é a porra da minha torneira aberta quando só quero escovar a droga dos meus  dentes, desperdicio é ele sair do conforto dele e presentear quem é bonzinho.
Porque ninguem aqui é bonzinho.
Senti vontade de contar pra todo mundo que o papai do céu engana vocês.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Luísa

-Você tem um cigarro?
-Estou tentando parar de fumar.
-Eu também. Mas queria alguma coisa nas mãos agora.
-Você tem alguma coisa nas mãos agora.
-Eu?
-Eu.

25 de maio- Lembra de mim?

às 22:22

Maldito diário. Vim te visitar. 
Suas folhas amareladas devem me odiar mais do que tudo. Mais do que a fricção da caneta rasurando suas linhas, quando não tenho nada pra escrever, só... raiva. Simples e compacta. Raiva que cabe dentro de uma caneta.
Desordenada... Atrasada. 
Estou dando tragadas rápidas, querendo sugar pra dentro as provas do crime. Queria que todos os rastros desaparecessem junto com a fumaça.
Maldito  diário.. Deve estar cansado, assim como eu, de observar minhas mudanças repentinas de estado de espiríto, minha sorte é inconstante... Paira no ar, feito poluição. 
O extremo me devora, eu gostaria  de mover alguma montanha apenas com a força do meu ódio. Gostaria de contaminar todas as fontes que alimentam esses sentimentos sujos, gostaria de contamina-las com o veneno que está escorrendo dos meus olhos.
E essa tempestade que está quebrando tudo dentro de mim, está  levando embora...  Minhas lembranças! Minhas noites inocentes, e está levando até minhas cicatrizes de garrafas quebradas em qualquer briga de bar, que eu costumava sair rindo, completamente louca, e cercada de sorrisos. 
Onde estão? Os seus sorrisos meus. ONDE ESTÃO VOCÊS? quando o que eu mais preciso, é uma dose e uma piada idiota.... 
Essa tempestade, tirando de mim tudo o que restava de alma aqui dentro. Essa maldita tempestade me fazendo cair!
cair...
Fazendo meus joelhos sangrar.
Lembra, meu amigo? Eles nos chamavam de crianças problemáticas... E as luzes dos carros na avenida eram mais brilhantes. Lembra? nós não estavamos nem  aí. Escreviamos nos muros, eu acreditava, numa ilusão particular e subconciente que seria  para sempre, embora eu nunca tenha pensando muito nisso... Claro que não seria. Alguns criam caminhos, outros apenas seguiram os que já existiam. Arrumamos empregos e namoradas. Laços... Esquecemos as noites vazias tão cheias de nós. Alguns morrem pelas sarjetas, e eu estou aqui, com o mesmo velho sabor de whisky na boca, Aquele que me deram num aniversário, meu aniversário de quinze anos na rua.. Lembra, meu amigo.....? Lembra de mim?








sexta-feira, 13 de maio de 2011

Don't wake my monster

É como se a tristeza não fizesse meu tipo. É como se a angustia não conseguisse chegar no meu cérebro, fosse expulsa logo no primeiro estímulo, como se meu coração batesse tão discretamente, com medo de acordar minha alma. Com medo de despertar minha fúria.
É como se o medo e a dor não afetasse meu dia, meu humor, minha vontade de viver. É como se eu tivesse separado.. excluído as lágrimas. Guardado-as numa caixinha e depositasse aqui, as vezes. Porque é como se eu tomasse mil tapas na cara, e não marcasse. É como se eu fosse rasgada por cem bisturis, e não sangrasse.
Mas, sempre acabo voltando aqui. Se alguem pudesse ler todas essas  frases, e os gritos que se  encondem entre as linhas, esse alguem estaria  marcado também.
Essa é minha terapia, meu recado à escuridão. Mostrar que as vezes sou derrubada por essas enormes mãos que insistem em puxar meu tapete, insistem em mover o chão abaixo de mim, mas mesmo assim continuo aqui, de queixo erguido. Nunca existiu coisa alguma que eu não consegui, me esforçando um pouco. Estudando, como numa estrátégia de uma batalha em campos minados de consequências. Mas ainda possuo todos os membros, e é isso que interessa. É meu queixo erguido que me guia, a cabeça alta. Quanto ao meu coração? ele pode continuar batendo silenciosamente. Nada que um caderno, um cigarro e uma caneta não resolva.

My my my dirty girl.

I miss you like a child misses their blanket.


Sinto sua falta, garota dos feitos sujos.
Sinto falta de todas as viajens de ônibus que fazíamos por dentro da sua cidade;
Dos lugares malditos que visitávamos;
Das amizades que fazíamos entre carreiras e baseados.
Sinto falta de acordar do teu lado, completamente de ressaca;
Sinto falta das idéias idiotas e das drogas absurdas que procurávamos;
Sinto falta de segurar sua mão quando me sentia extremamente chateada;
Sinto falta da paz que voê me proporciona quando está por perto.
Sinto falta das suas piadas sobre o meu estúpido amor;
Sinto falta de rir dos seus amores idiotas.
Sinto falta da sua estridente voz berrando Bon Jovi no meu ouvido.
Sinto falta de você, das suas bandanas,
das suas camisetas de bandas cortadas tortas como as minhas,
do seu sotaque caipira.
Sinto sua falta completamente, little runaway.
E eu juro que volto - volto pra ficar.

Love you, rebel girl, my rebel girl.
----------
Minha linda....  te amo demais.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Happy Mother's day

Eu tento sentir os raios de sol, você traz a chuva. Você tenta me prender
Com suas acusações sem fundamento. Você chora e ofende e reclama
Você se lamenta.
Pendurada no meu pescoço se lamentando
A emoção que você traz... você simplesmente entra nos 15 anos!
Tão difícil de manter minha própria cabeça... é o que eu digo.. Você sabe... eu tenho sido a vadia...
Eu banquei a ladra, a vagabunda. Eu fui a cadela... que todos tentaram bater
Mas foram 15 anos de silêncio...
Foram
15 anos de dor
Foram
15 anos que se foram para sempre
E eu nunca terei de novo, bem... ;)
Suas amigas estúpidas te dizem que eu sou culpada, que eu sou doente, que eu  sou rebelde.
Bem elas todas deviam estar... Fora do jogo! Mas você liga? Você nunca me ouve.
Desta vez a última palavra vai ser minha. Ouça o que eu digo: eu tentei ver pelo seu lado. Não vai funcionar hoje. Não vou levar a culpa.
Você simplesmente entra nos 15 anos! Tão difícil de manter minha paz... é o que eu digo
Você sabe... tenho sido a traficante...Perambulando pela sua rua, tenho sido o incômodo perambulando dentro da sua casa, não é?
Eu fui a cadela...
Mas foram
15 anos de silêncio
Foram
15 anos de dor
Foram
15 anos que se foram para sempre
E eu nunca terei de novo.
Besteira e injustiça. Eles gostam de me atacar, mas ainda não tenho uma granada. se eles soubessem metade da verdade...O que você diria? Só suas desculpas não curariam meu orgulho ferido... você me humilhou.
Bem, eu passei do ponto de me preocupar. É hora de me mandar.
Estes últimos 4 anos de loucura com certeza me deixaram certa "Não volte 15 anos em apenas um dia"
Tão difícil manter minha paz! Apenas vou embora. Sabe, tentei ver pelo seu  lado. Tentei mesmo. 
Feliz dia das Mães.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Longe, Longe, aqui do lado.

Ela para e fica ali parada.  Olha-se para nada... Fica parecida...  Pára-raios em dia de sol,  prenda minha parabólica... 'Princesinha parabólica'...
O pecado mora ao lado e o paraíso... paira no ar  ... pecados no paraíso ...  Se a tv estiver fora do ar quando passarem os melhores momentos de nossa  vida...  pela janela alguém estará de olho em você completamente paranóico .
Papai, prenda minha parabólica.
"Princesinha Marcelinhabólica"
Paralelas que se cruzam Em São Paulo Lá  Longe, longe, longe (aqui do lado)
(paradoxo: nada nos separa)
  Eu paro e fico aqui parada
Olho-me para longe.... A distância não separabólica


Engenheiros do Hawaii - Parabólica

miss u daddy

terça-feira, 26 de abril de 2011

26 de abril

Merda, merda de veneno. Deixe minhas veias em paz. 
Porque preciso  ser assim, tão inconstante? Porque não consigo deixar de ser... fria?
Você conhece esse sentimento? Conhece o  desespero dos minutos passando devagar, e a demora pra chegar em sua casa, e quando você chega, se tranca no quarto e cai em sua cama. Cai  em si mesmo. Seus pensamentos caem sobre você. Conhece à si mesmo a ponto de se sentir cansado, e saber  o porquê... Tentar esquecer. E conseguir. Tentar  pensar nos momentos quando a vida era simples e  então se  lembrar de que nunca foi?
Ok. nunca cobrei que a vida fosse fácil. Uma parte de mim está lutando, mas outra parte insiste que nada adianta. Eu confio mais nessa parte.
Mas eu estou cansada de lutar.  Eu sei bem que isso passa, e que eu acabo ficando bem. Sempre existe um motivo  para eu ficar bem. Sempre descubro um... Mas eu sei que para ser feliz, primeiramente você precisa não precisar de ninguem... E este foi o conceito que moldou minha barreira de gelo, eu não estou confortavel aqui.
O que diabos acontece comigo... Todo mundo que eu amo, vai embora, no final. As pessoas simplismente não conseguem conviver com o gelo, com minha individualidade e meus sentimentos inconstantes. E então hoje estou chorando porque briguei com a única pessoa que pode estar comigo : eu mesma.
Eu sinto falta das pessoas e não sei fazer nada pra mudar isso. É, sei fazer tantas coisas e não sou capaz de lidar com a merda de um sentimento. Porque meus amores simplismente não vem e ficam? Assim como tenho a mania de abandonar pessoas, meu coração  tambem costuma me abandonar.
... Quando minha casa que mesmo pequena está sempre vazia e se torna tão grande.
... Quando eu perco  a voz dele na minha memória e o silêncio fica tão alto..
... Quando varias vezes me culpo, me castigo!
E como naquelas noites que choro pedindo desculpas à mim mesma, dentro de um quarto escuro onde nenhum deus pode me tocar, meus demonios ficam guardando os portoes do meu inferno astral.
"Que ninguem me toque."
Mesmo quando quero colo... ou apenas alguem pra me acompanhar numa dose bem forte de ... carinho.
"Que ninguem me toque!"
Mesmo quando peço que você passe a noite.
Que ninguem me toque quando estou ferida... Que ninguem me toque quando estou sorrindo. Meu mundo é reservado e este  é um pedido de desculpas para todos aqueles que eu permiti entrar.

domingo, 24 de abril de 2011

Mais um pra ela.


Todos os dias eu venho ao mesmo lugar
Às vezes fica longe e impossivel de encontrar
Mas quando o neon é bom
Toda noite é noite de luar

Toda vez que falta luz
Toda vez que algo nos falta (alguém que parte e não volta)
O invisível nos salta aos olhos
Um salto no escuro da piscina

Ontem à noite, eu conheci uma guria
Já era tarde, era quase dia
Era o princípio num precipício
Era o meu corpo que caía

Ontem à noite, a noite tava fria
Tudo queimava, nada aquecia
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha aquela solidão

Ontem à noite, eu conheci uma guria, que eu já conhecia
De outros carnavais, com outras fantasias
Ela apareceu, parecia tão sozinha
Parecia que era minha

No iníco era um precipício
Um corpo que caía
Depois virou um vício, foi tão difícil
Acordar no outro dia.

sábado, 23 de abril de 2011

ON MY OWN!

A televisão desliga sozinha, ainda não dormi mas não quero liga-la de volta. Chega de ordens.
*compre, coma, leve, veja, ouça*
Não há quem possa decidir o que eu devo fazer. Minhas tarefas estão em dia, meu íntimo está perfeitamente dentro do controle. Gostar de mim mesma não é pecado, e mesmo que fosse, eu sou apaixonada pelos meus próprios pecados.
Bem, a pipoca está fria, porque nem toquei nela durante o filme que não prestei atenção. Tenho passado tanto tempo prestando atenção em mim mesma, desculpe se me esqueci de você e das suas malditas piadas sem graça, que tomavam meu tempo e minha sanidade.
Estava sempre a duas doses na frente. Sempre enrolada em pouco pano negro. Quando o manto ainda mais escuro caía tomando o céu, eram as estrelas cadentes que pediam pra me ver. E em quem eu me transformei? numa velha de alma, escondendo os joelhos e me escondendo da vida. Mas agora que as cortinas se fecharam, meus calcanhares estão fervendo na rodovia. Estou sempre 60 km à frente. Estou sempre nas curvas mais fechadas, e com a blusa sempre dois botões à mais abertos.
você diz vadia, eu digo satisfeita.
E na verdade, você não tem mesmo é que dizer nada. Porque estou bem melhor sem você e baby é um longo, longo caminho até o paraíso, e eu sempre estive 'on my own'. ;)

O que está errado?

Olhe pra mim, eu sou desajeitada.
Rude e sempre envolta de fumaça.
"ela não é flor que se cheire" - os vizinhos sempre dizem.
Minha mãe gostaria de me vestir com flores e cor-de-rosa
mas eu simplismente cruzei meus braços e me tatuei,e então ela chorou por horas.
Bem, eu queria ser como deveria ser.
Acredite,todas as noites eu me ajoelho e tento me sentir culpada. Simplismente não consigo. Sou como gelo seco, sou o limbo na àgua potável, o orgulho na tragédia, a tempestade na sua viagem tropical.
Eu machuco seu ego ferido e suas vestimentas cansadas. Desculpe, nem todos os amores são flores. Então tentam me apedrejar, e quando conseguem atingir, me preocupo com a poesia do sangue escorrendo e não com a dor do impacto. É cair e levantar, é tocar e não sentir.
Olho pro espelho e me pergunto, o que está errado?
NADA. nada está errado. Alguem me diga, porque eu tentei, oh meu deus como eu tentei encontrar o que estava errado
Mas só cheguei a conclusão de que Lobo que cresce sem matilha, caça sozinho.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Não é engraçado?

Não é engraçado quando você está sempre correndo? Não é engraçado quando seus amigos desprezam aquilo que você se tornou? Não é engraçado quando você está tão "alto"... que bem, nem consegue voltar? Não é engraçado quando você SABE que vai morrer jovem?
ah.. é tão engraçado.
Não é engraçado quando você se sente como se tivesse uma arma? Não é engraçado quando você simplesmente parece não conseguir encontrar sua lingua? Ela está enterrada tão fundo, em algo que realmente atormenta. Bem, então você vem a mim e pode cuspir na minha cara, que nem vou sentir isso.
Eu bato meu punho contra o vidro, e nem mesmo sinto isso. Acontece tão rápido.
Não é engraçado quando você nem consegue dizer o nome da pessoa que você ama? Não é engraçado quando... essa pessoa te abandona e te deixa correndo, não é engraçado quando você quebra tudo que demorou pra construir? não é engraçado quando você sabe que vai morrer jovem?...

É tão engraçado.

A vida é linda.

Você não pode desistir até que tente. Você não pode viver até que morra, você não pode aprender a contar a verdade até que aprenda a mentir...
Você não pode respirar até que sufoque, você precisa rir quando você é a piada.
Não há nada como um funeral para você se sentir vivo
Apenas abra seus olhos! Veja que a vida é linda, você juraria? juraria por sua vida mediocre que ninguém vai chorar no meu funeral?
Eu sei de coisas que você não sabe, eu fiz coisas que você não faria.
Não há nada como um rastro de sangue para achar o caminho de casa
Estava esperando meu carro fúnebre mas o que veio foi muito pior...
Nada como um funeral para eu me sentir viva.
Apenas abra seus olhos, veja que essa porra de vida é linda.

Marcela (e Letícia)

Marcela corta os pulsos por não ter à quem falar.
Letícia rói as unhas esperando alguém chegar.
Marcela tem o rosto todo manchado de batom de uva, Letícia rasga as roupas e toma banho de chuva.
E à noite elas vão se reencontrar
E as lágrimas no rosto de Marcela vão secar
E os cortes no corpo de Letícia vão cicatrizar
Vão cicatrizar
Marcela acorda tarde pra não ver o sol nascer.
Letícia traça planos pro que não vai acontecer.
Marcela traz na bolsa balas, Prozac e espelhos
Letícia usa colírio pra esconder os olhos vermelhos
Duas vidas, duas luzes, dois sentidos conturbados,
Duas almas, duas calmas, dois valores, dois pecados.
Dois discos e dois hinos, dois destinos e um segredo.
Mas dentro do meu livro estão guardados os seus desejos.



terça-feira, 22 de março de 2011

noventa e nove

Eu que estou aqui, plena três da tarde e ainda não vi a luz do sol. Exeto pelo vão da janela, o irritante raio que quando fecho os olhos continua na minha vista. Logo eu que me encontro bem aqui, com um vestido bem lavado, o pulso cheirando à rosas, um tanto de maquiagem pra esconder as olheiras completamente roxas. O suficiente bocado de maquiagem pra esconder também minha nescessidade de me maquiar. Pareço perfeitamente bem, segurando minha xicára branca de cappucino em frente ao computador. Mas estou entupida de remédios. Tantos que já nem sei pra quê ou porquê. Aqueles para o sono, quando me vi na última noite revirando entre meus lençóis, citando o mundo entre poesias silênciosas. Aqueles pequenos comprimidos que me dizem que fará bem, mas são mais como algemas em minha mente. Aqueles tantos outros pra alergias, aqueles manipulados que tanto tentam me manipular, aqueles pra previnir tal ou outra coisa. Mas é tudo tão inutil como minha verdadeira infermidade. Aquela que me leva de fato ao inferno todas as noites. Aquela que não inventaram a cura. Tenho vontade de te agarrar bem forte pelas orelhas e cuspir todas as minhas dores bem no meio da sua cara.
Porque aqui estou eu, com um sorriso de plástico, os dentes bem escovados, o cabelo tão perfumado que mal dá pra notar a fumaça que carrego junto à alma, dos 2 maços que fumo por dia. Os maços que fumo tentando transformar em cinzas a minha dor, os maços que fumo querendo que você queime no inferno, querendo que seu coração termine sujo e negro no cinzeiro ao lado da minha cama.
Eu que já não tenho vontade de poetizar, eu que já não vejo graça na noite, que já não me importo com os meus antigos conceitos, EU, EU, EU! que porra sou EU??
essa que com quinze anos e uma puta fuça de acabada, passo por bares com cara de dezoito, com alma de noventa. Noventa e nove mil lágrimas que derramei por um filho de uma puta. E agora, aqui, com minha caneca branca na mão e noventa e nove comprimidos no corpo, eu prefiro morrer do que derramar mais uma lágrima por você.
Letícia diz que um dia ela e eu vamos terminar numa cama de motel, cheirando vinte gramas e rindo disso tudo, bem, é claro, toda essa palhaçada não podia terminar em outra coisa: Cama.
Eu me lembro de quantas vezes rolei na minha tentando te matar dentro de mim.
E todo meu ódio e toda minha dor sempre terminava na mesma cena que se repetiu tantas vezes em qualquer beco escuro que pudéssemos. E quando te evito você não entende que é quase (ainda pior) que jogar todas minhas capsulas na pia do banheiro. Você é a droga que há em minha veia, você é o lixo de tudo que vejo, a escória de todo meu sentimento. Os dois desejos flamejantes que consomem minha alma nesse momento? Te abraçar. E que você morra de todas as noventa e nove formas mais dolorosas do mundo, todas de uma única vez.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Muro velho

Mais uma madrugada sem meu velho amigo.
Bem, ele me amou mais do que deveria, e agora ele se foi, sem eu poder dizer tchau.
Queria que ele estivesse aqui, nesse mesmo velho muro. Roçando o focinho no meu focinho. Tocando as patinhas nas minhas patas.
Ah, era tão meu.
Me entendia sem pedir nada em troca.
Me ouvia como quem tenta entender. Com sua voz rouca e seus olhos que pareciam alfinetes tortos, ele me dava todo o carinho que eu precisava pra sentir a brisa da madrugada em paz. Como eu queria meu pequeininho aqui, comigo. Pra dividir esse velho muro e esse cigarro barato. (acho que se ele pudesse falar, reclamaria da fumaça desse cigarro, porém, duvido que saíria do meu lado por isso)
Ele estava do meu lado. E não está mais.
Queria que a lingua aspera dele secasse minhas lágrimas agora, meu velho, que vivia no velho muro.

sleep to kill the pain.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O mundo é meu.

Não é tão dificil parecer honesta. Não é nem um pouco complicado ser tratada como um ser superior.
O segredo é fazer dos tolos ainda mais tolos. É fazer os desiludidos te verem como algum vestigio de esperança. Faça os burros pensarem que você é inteligente demais. Assim você será entre os burros, o mais inteligente, e entre os inteligentes, o mais esperto. Porém... um tanto vazio.
Mas o vazio é o preço do mundo, afinal. Se comporte como dono do mundo e então progressivamente o entregarão à seu poder.
O que me frustra um pouco, é que continuo embaixo da mesma pele; E no mundo nada mais se expande, apenas estabiliza ou decai.
... Mas isso é outra história. O que importa, é que enquanto os supostos inferiores continuarem alimentando a apetite de minha enganação egoncêntrica, suja, vil... Enquanto satisfeita estiver, assim será o mundo. Assim serei EU.
Mas continuo com a mesma cor... ( isso me frustra!) Embora não tenham construído uma estatua de ouro à minha imagem, me sinto petrificada como mármore. Que mesmo mais barato e mais frio, me serve de alguma coisa mais valiosa do que correntes caras no pescoço de burgueses porcos.
Arre! Enforca-te com essa tua nobreza. Pois não preciso dela para ser maior que ti! E maior que meu próprio ego. Porque sobretudo o mundo é dos espertos, e não dos ricos. Não dos sábios. Não dos fortes (que ainda caem por terra pelo destino e sentem nos joelhos todo o peso de seus músculos) Estes são os que sofrem.
O mundo é, mais que tudo, MEU!
Porém.. continuo envelhencendo. Continuo nao conseguindo afastar de minha mente este lembrete. De que meu cérebro começa a se desgastar, E de que minhas horas de descanço são corrompidas pelos meus próprios atos, pelas lágrimas que já nem sei de onde vem, e porquê.
Danço tango com o vento das más notícias. Posso ser (sei que posso ser) Ainda mais violenta, e miseravelmente mais romântica do que dois passos pra esqueda e um rodopio bruto, e falho.
Danço com as memórias, elas não me servem, mas me pertecem! Afinal tudo me pertence, uma vez que o mundo se fez meu.
Mas minha pele ainda possui cicatrizes de lutas, e meu nariz continua desgastado.
Me lembro das refeições que troquei por futilidades ou até por fugas.
Não me importo mais. O mundo é meu e eu já disse, você sabe e já não sabe pouco. Eu o comprei com meu sangue. Com meu sal.
Porque um dia parei de me importar com os monstros que costumavam viver embaixo da minha cama e comecei a me importar com o monstro que vive dentro de mim.
E se nada disso fizer sentido pra você: Dane-se! Não preciso de sua razão para respirar. Só preciso da minha própria existência pra viver.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Plástico quente em São paulo.


Manhã fria e monótona nessa cidadezinha chata.
Bem, acredito eu que esse lugar nada mais é do que uma planta mal rascunhada que algum sacana rabiscou enquanto estava entediado no purgatório.
Passáros.. velhas. Luz vermelha no semaforo, pessoas mal vestidas. Luz verde. Velhas. De vez em nunca uma 'Harley Davidson' passa roncando e cortando nossos ventos, e me deixa com os olhos cheios de esperança. Do quê? Bem, nem eu mesma sei.
Acontece que estou aqui, Num banco de ponto de taxi, com um café esfriando entre as mãos (que mais do que frias, funcionam como gelo.) Observando a luz verde, a luz vermelha, e até chego a dar atenção para a luz amarela.
Acontece que estou no interior de São paulo, com um cigarro caro nessa cidade barata.
Sentindo falta da capital. E do cheiro do metrô. Sentindo falta do perigo da noite.
Que saudade do trem hospitaleiro, e até do ônibus quente que tanto demorou a chegar naquele frio polar que flúi dos grandes olhos da cidade que não dorme.
Que saudade da rua Augusta, e seus barezinhos infinitos, saudade do veludo verde das mesas de bilhar, (e de tacos bem polidos, eu diria) Sinto falta até do trânsito demorado, onde eu podia ouvir meus hits favoritos na rádio kiss (que por sinal, aqui essa rádio não passa nem pelos arredores)
Não é que minha cidade seja tão terrivél. Apenas sinto falta do cheiro do café do metrô. Em um copo de plástico, quente, tão quente, parece não esfriar nunca. Aquece até minha alma, o plástico quente dos cafés de São Paulo.

Não é uma merda?

Envolto em fumaça, você perdeu outro amor... Enquanto dá uma tragada em seu último cigarro,fora de ordem, cansada...
Você está sem sorte
E não está nem aí.
Até que a melhor parte de você começa a se contrair. Isso não é um saco?
Surtando! Estou sozinha agora. Eu sinto como se estivesse perdendo minha razão...Porque o amor é o vestido certo, na garota errada.
E quando eu acho que estou em alta, e fina como vinho, acabo como uma cadela na sargeta. Porque A PORRA DO AMOR é o caminho errado numa noite fria. Isso não é uma merda?
Fora de mim! Na agonia da minha emoção. Eu vejo DEUS nos olhos do diabo, Então me sinto tão longe da graça que não reconheceria um beijo que fosse dado em meu rosto, você até poderia dizer isso no tribunal, mas você nem tem um caso.
Porra! eu estou surtando. Sinto como se estivesse perdendo minha razão, e isso é uma merda.
O amor é a porra de um vestido certo na vadia da garota errada.
Eu penso que essa merda de amor é um remédio mas não é o suficiente pra coçar uma sarna de vários meses.
Porque o amor é como as últimas notas tocada por Hendrix, é!
isso não é uma merda? não é uma merda???!
Então eu me sinto fora de mim, lambendo o arsênico do mesmo velho laço. Eu sei que essa droga é veneno, mas preciso experimentar, denovo.
Seu amor é uma arma quente, na minha cabeça.
isso não é uma merda?

vontade de te abraçar

Eu queria te abraçar bem forte agora e pedir pra você nunca mais ir embora. Queria tanto isso, e talvez por essa razão eu ande meio inquieta, e perdida.
Você estava perdido também. Você ESTÁ perdido. Talvez seja por isso que deu um tanto do braço à torcer, me enchendo de ilusões destrutivas, e assim como olho pros lados e vejo pessoas danificando a si mesma por amores não correspondidos, e penso o quão patéticas elas são, também olho pra dentro de mim, e me vejo morrendo todos os dias. Nossa, como eu queria te abraçar agora.. pedir pra você não jogar tudo fora. Bem, pra você meu tudo é nada mais do que o próprio nada. O sangue, a chuva, o suor. Não me deixe sentir falta disso denovo, por favor. Merda, eu já estou sentindo falta. Meus braços estão falhando, minha mente está falhando, de vontade de abraçar você.
Eu não consigo deixar de te amar, droga, eu não consigo.
E você sabe, é verdade.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Terceira guerra mundial

Mamãe, por favor, pare de chorar, não agüento o barulho. A sua dor me machuca e isso está me deixando deprimida. Ouço vidros quebrarem quando me deito na cama. Eu disse a mim mesma que você não queria dizer aquelas coisas desagradáveis que você disse. Você discute sobre tudo e é isso que eu encontro em casa, esse é meu abrigo. Não é fácil morar na terceira guerra mundial.
Podemos resolver isso? Podemos ser uma familia? Eu prometo ser uma boa menina.
Será mesmo que não há modos de fazer isso parar de doer? Pai, não vá embora. Não me deixe sozinha com ela.
Meu irmão, pare de gritar. Eu não aguento o barulho. Faça a mamãe parar de chorar, porque preciso de vocês dois por perto.
Eu vou fugir hoje a noite, eu estou fugindo do barulho. Tenho medo de voltar pra casa, mas não tenho outro lugar.
Não é fácil morar na terceira guerra mundial, sem nunca saber o que pode ser o amor. Sabe, eu não quero que o amor me destrua assim como fez à você.
Pai, não vá embora. Se lembra daquela noite em que você saiu? Você levou embora minha estrela brilhante.
Mãe, pare de chorar... E eu vou fazer tudo certo.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Querido Deus (XTC)



Caro Deus,
espero que você tenha recebido a carta e eu rezo para que você possa fazer melhor que isso aqui em baixo.
Eu não falo de uma grande redução no preço da cerveja. Mas todas as pessoas que você fez a sua imagem, parecem estar morrendo de fome aos seus pés; Porque eles não tem o suficiente para comer de Deus.
Eu não consigo acreditar em você.
Caro Deus, Desculpe por incomoda-lo mas, eu sinto que eu deveria ser ouvido alto e claro. Nos todos precisamos de uma grande redução na quantidade de lágrimas.
Mas todas as pessoas que você fez a sua imagem, paracem estar brigando nas ruas
Porque elas não conseguem formar opiniões sobre deus.
Não consigo acreditar em você.
Você fez as doenças e o diamante azul? Você fez a humanidade Depois nos o fizemos? E o Diabo tambem...
Caro Deus, Não sei se você foi avisado mas, seu nome está em varias citações nesse livro. Nos os humanos loucos escrevemos; você deveria dar uma olhada. E todas as pessoas que você fez á sua imagem Continuam acreditado que esse lixo é real.
Bem, eu sei que não é, e você tambem,
Caro deus.
Eu não consigo acreditar...
Eu não acredito...
Eu não acredito em Paraiso e Inferno, Nenhum santo, nenhum pecador, e nenhum diabo tambem, Nenhum portão perolado, nenhuma cruz de espinhos. Você está sempre deixando nos humanos abatidos.As guerras que você traz, as crianças que você afoga,
Aqueles perdidos no mar e nunca encontrados.E é a mesma coisa no mundo inteiro,
A dor que eu vejo ajuda a compor O Pai, Filho e o Espirito Santo É somente brincadeira profana de alguem.
E se você for la em cima, você percebe Que meu coração esta em cima da manga.E se há uma coisa na qual eu não acredito?
É em você, Caro Deus
Caro Deus.....

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Madre Tereza

Ah, concerteza vou me lembrar de Madre Tereza e a velha garrafa de whisky.
Um lugar no meio do nada, onde eu vivi meu tudo. Uma cidadezinha a uma hora da minha casa, cheirava à fazenda, mas o que mais haveria ser esse canto além de uma enorme roça? Quem me guiou até lá foi o Diabo. Ele me entregou uma garrafa de whisky de 1847 e me desejou boa sorte, acenando com os dedos finos ao longe do horizonte que cheirava fazenda. Em Madre tereza sempre dava para ver o sol, e o céu era estrelado, a noite era fresca e dava para saber quando ia chover várias horas antes, só pelo cheiro da terra.
Conheci pessoas insanamente encantadoras. E o que mais haveria de ser a minha pessoa, alem de uma enorme e perdida insana?
O lugar era praticamente abandonado, as casas quase sempre de barro, algumas igrejas com portoes enferrujados que eram mais velhos que o pecado. mas Madre tereza tinha as melhores ervas desse velho mundo.
Atravessei algumas madrugadas com aqueles amigos, e me senti protegida. Pulei cercas, acendi cigarros, sujei as mãos.
Contamos histórias, e a chama daquela fogueira sei que não vai se apagar. Porque derramei o whisky que o Diabo me deu, a chama mudava de cor como num sonho, surreal, Em Madre Tereza fui escudeira em batalhas, assisti derrotas, molhe-me daquela chuva, sujei-me daquela lama, inalei daquele aroma, amei daquela terra... amei aquela terra.
Embora a garrafa esteja seca, Madre Tereza nunca esquecerei.

Debutante

Era bonitinha, mas ordinária.
Desastrada, destraída, tinha um riso engraçado.
Com um olhar suave, e um quadril com maus hábitos ela sorria de um lado a outro segurando um pote de doces. Ela te levaria ao paraíso se permitisse.
Traços inocentes, mas o sangue frio como gelo.
Tanto mal carater para uma pequena dançarina, eu chutaria 17.
Rápida com as mãos, nada mal beijando, fantástica dançando. Sua mãe a mataria se soubesse o que faz.
Corre pela noite em busca da fonte da juventude e glória.

O dia que eu cortei meu cabelo.



Hoje eu acordei com vontade de mandar flores para o delegado. De dizer bom dia para o carteiro, parabenizar o lixeiro. Acordei com vontade de queimar insenso de lírio, abrir a janela, reviver algum delirío.
Hoje eu rasguei aquela calça jeans, queimei aquelas cartas, encurtei a mini-saia, sequei uma garrafa.
Cantei com o rouxinol, plantei um gira-sol vermelho na sacada.
Alguem deixou um maço de cigarros na minha mesa, não muito mais do que clareza, alguem deixou um laço de fita no ar.
E aquela canção, que não canso de escutar, Acordei sem medo de chuva, sem medo de escuro, sem medo do abuso.
Joguei meus principios pelo ralo, Amarrei minha educação num balão e mandei pro japão.
Acordei sem medo de deus, sem medo da tesoura.
Mandei minha biblía e meu cabelo pro inferno.

Lilltle Ramona

Ramona, 'lil Ramona.
tão doce, tinha os olhos cor de fel. Rouca, pra lá de louca. a 120 numa pista que não conhecia, um nome que não sabia, e o cabelo que a algum tempo não tingia.
Ri de ti, ri de nós. Numa mesa de bar, um cigarro apagado entre os dedos, eu já nem me importava. Dose de tequila suando, Ramona, porque está longe de mim?
Se você me pegar pela mão agora, dançaremos até o dia nascer. Depois cair num sono quase poético, até o sol ser chutado do nosso mundo, da nossa noite, enquanto a areia da praia se faz mais alva, quero te ouvir tocar aquela canção mais uma vez, Ramona.
Ao som das ondas que nem existiam. E a areia que era mais branca do que tudo que seu nariz já inalou.

Garrafa quebrada

Estive meses à fio sonhando com o que acabara de acontecer.
Embora no momento que acordei, ainda demorasse para acreditar que não era só mais um dos meus sonhos insanamente perturbadores (dos quais já nem lembro a cor.)
Mas aconteceu. Chovia, eu escondi meu rosto. Na poça de lágrimas que se formou abaixo dos meus olhos, se você tivesse a capacidade de enxergar alem da sua lente de ignorância, veria a mistura de êxtase que minha alma pusera para fora. Chovia, embora eu chorasse, minha alma ria, e você estava bem ali, implorando por mim.
O calor do teu abraço derreteu as correntes do meu espirito, eu estava livre denovo.
Não sei se te gosto ou te odeio, se te desejo ou se te quero morto. Na verdade essa confusão só mostra a indiferênça, não sou mais aquela que simplismente... se importa.
Não te amo mais. E não entendo porque alguem haveria de te amar.
E então a noite se foi, com sabor de vinho tinto em garrafa quebrada.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

.... O que fazer do meu amor?

Eu respiro tentando encher os pulmões de vida
Mas ainda é dificil deixar qualquer luz entrar...
Ainda sinto por dentro toda dôr dessa ferida. Mas o pior é pensar que isso um dia
vai cicatrizar...
Eu queria manter cada corte em carne viva, a minha dôr em eterna exposição e sair nos jornais e na televisão, só prá te enlouquecer...Até você me pedir perdão...
Eu já ouvi 50 receitas pra te esquecer que só me lembram que nada vai resolver,porque tudo...Tudo me traz você.
E eu já não tenho pra onde correr...
O que me dá raiva não é que você fez de errado, nem seus muitos defeitos nem você ter me deixado... Nem seu jeito fútil de falar da vida alheia nem o que eu não vivi
Aprisionada em sua teia...
O que me dá raiva são as flores e os dias de sol, são os seus beijos e o que eu tinha sonhado prá nós...
São seus olhos e mãos e seu abraço protetor. É o que vai me faltar
O que fazer do meu amor?...