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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Garrafa quebrada

Estive meses à fio sonhando com o que acabara de acontecer.
Embora no momento que acordei, ainda demorasse para acreditar que não era só mais um dos meus sonhos insanamente perturbadores (dos quais já nem lembro a cor.)
Mas aconteceu. Chovia, eu escondi meu rosto. Na poça de lágrimas que se formou abaixo dos meus olhos, se você tivesse a capacidade de enxergar alem da sua lente de ignorância, veria a mistura de êxtase que minha alma pusera para fora. Chovia, embora eu chorasse, minha alma ria, e você estava bem ali, implorando por mim.
O calor do teu abraço derreteu as correntes do meu espirito, eu estava livre denovo.
Não sei se te gosto ou te odeio, se te desejo ou se te quero morto. Na verdade essa confusão só mostra a indiferênça, não sou mais aquela que simplismente... se importa.
Não te amo mais. E não entendo porque alguem haveria de te amar.
E então a noite se foi, com sabor de vinho tinto em garrafa quebrada.

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