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sábado, 19 de fevereiro de 2011

Plástico quente em São paulo.


Manhã fria e monótona nessa cidadezinha chata.
Bem, acredito eu que esse lugar nada mais é do que uma planta mal rascunhada que algum sacana rabiscou enquanto estava entediado no purgatório.
Passáros.. velhas. Luz vermelha no semaforo, pessoas mal vestidas. Luz verde. Velhas. De vez em nunca uma 'Harley Davidson' passa roncando e cortando nossos ventos, e me deixa com os olhos cheios de esperança. Do quê? Bem, nem eu mesma sei.
Acontece que estou aqui, Num banco de ponto de taxi, com um café esfriando entre as mãos (que mais do que frias, funcionam como gelo.) Observando a luz verde, a luz vermelha, e até chego a dar atenção para a luz amarela.
Acontece que estou no interior de São paulo, com um cigarro caro nessa cidade barata.
Sentindo falta da capital. E do cheiro do metrô. Sentindo falta do perigo da noite.
Que saudade do trem hospitaleiro, e até do ônibus quente que tanto demorou a chegar naquele frio polar que flúi dos grandes olhos da cidade que não dorme.
Que saudade da rua Augusta, e seus barezinhos infinitos, saudade do veludo verde das mesas de bilhar, (e de tacos bem polidos, eu diria) Sinto falta até do trânsito demorado, onde eu podia ouvir meus hits favoritos na rádio kiss (que por sinal, aqui essa rádio não passa nem pelos arredores)
Não é que minha cidade seja tão terrivél. Apenas sinto falta do cheiro do café do metrô. Em um copo de plástico, quente, tão quente, parece não esfriar nunca. Aquece até minha alma, o plástico quente dos cafés de São Paulo.

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