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domingo, 13 de janeiro de 2013

Café sem açucar

Entra sem pedir licença, me deixa brava só pra acelerar o coração.
Você sempre apareceu nos meus pensamentos sem pedir permissão, sempre veio parar embaixo da minha pele sem que eu pudesse me dar conta. Então eu te espero aqui, abre a minha porta de forma brusca, deixa tua sombra miúda se fundir nos contra-tempos dessas baladas bregas que ando ouvindo,anos 50,60,70.
Sua voz projeta ruidosas frases no meu ouvido numa frequência de 60hz.
Vem cá se misturar com a textura do meu carpete, com o cheiro dos meus livros, com a cor dos meus discos e a dor dos meus olhos.
Faço pra ti um café bem forte, sem açucar. Gosto do gosto que fica na tua boca que se movimenta dizendo coisas que só eu quero ouvir...
E só se ouve o que quer.
Você na verdade nunca esteve aqui.

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