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segunda-feira, 15 de julho de 2013

fica?

A nossa história é, antes de tudo, inegavelmente triste. Encontros e desencontros sádicos, em corredores, em fila de mercados, mesas de bar, meio fio de rua. Nossa história consiste basicamente em um cronograma de devaneios e despedidas, aquele "me perdoa" que foi quitado ao longo dos outros "não quero mais te ver. E marcados com fortes beijos de ódio e amor, saudades e repulsa. Beijos roubados correndo o constante risco de nos encontrarmos dentro de nós sem querer, o temível risco de nos entregarmos a infinidade de nós. Não imagino a nossa historia sem partidas, sem aquele "agora é sério, vá embora de uma vez por todas" baby, baby... Somos tão previsíveis e mesmo assim não nos encaixamos em clichê nenhum. Não imagino nossos beijos de outra forma se não configurando nossas línguas feito duas navalhas banhadas a arsênico. Fica. Te peço pra ficar para o chá da tarde e fumar um cigarro dividido, quem sabe isso não se estende até a hora do café da manhã? E então você pode ir embora antes que eu desperte, você pode prender seu cabelo no alto sorrateiramente e lançar-se rua a fora arrastando a barra da calça no asfalto, mas volta. vê se volta a tempo do pra sempre, vamos assistir a nossa própria utopia.

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