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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lembrei porquê te arranquei da minha vida.

Lembrei porquê te arranquei da minha vida. Eu arranquei todas aquelas páginas que escrevemos e o papel cortou minha pele. Engraçado, é que o papel parece tão frágil, mas dói pra caralho. -Pra caralho- Advérbio de intensidade que remete perfeitamente o que eu sinto, o que eu senti, e agora, o que eu tenho certeza que sentirei. Seu vocabulário sujo contrastando com a sua pele branquinha. Meu deus do céu, agora eu senti porquê te arranquei da minha vida. Você é tão perfeita que incomoda. Incomoda de verdade. Eu detesto ser incomodada. Meu mundo é um lugar fechado, e meu quarto trancado tem tudo que eu preciso. Tenho meus livros, meus cobertores, meus vinhos, meus remédios. E não tenho você. Isso é maravilhoso. Não ter você. Nunca pensei que diria isso, mas foi o que eu senti quando te arranquei da minha vida. Mas então basta um sonho louco (Transamos nas galaxias. Transamos nos anéis de saturno e enchemos o vácuo com nosso calor surreal.) ou a capa do disco do pink floyd pra te trazer de volta. Basta enrolar um fumo forte, e você volta. Basta o nada, basta o tudo, basta. Foi isso que tentei fazer. Dar um fim, pois eu sei que no mesmo final só você me basta, e talvez seja por isso que eu não dou certo com ninguém. Por isso e por todas as outras coisas, coisas que você, afinal, conhece bem, pois tem também. Queria fazer vida com você. Agora estou fazendo recortes das nossas histórias e tentando coloca-los em ordem. É, isso nunca aconteceria, nunca teriamos uma vida em ordem, olhe para nós. E é isso que me fascina. O convite pro café aí na sua vida ainda está de pé?

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