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quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Oitava carta.

Luca foi embora e não voltou mais, o trem das 7 e 30 partiu sem ele.
É um coração de metal sem alma na fria manhã da cidade.
Na praça, o banco está vazio, mas ele está dentro de mim. É doce tua respiração entre meus pensamentos, mesmo com uma enorme distância que parece dividir-nos. Mas meu coração ainda bate forte.  Quem sabe se você pensa em mim? Se com a sua família você não fala mais. Eu sei que você se esconde, igualzinho à mim, foge dos olhares e fica lá, trancado em seu quarto sem comer. Quem sabe se você aperta forte o travesseiro e chora, enquanto eu não posso te ver?
No meu diário tem uma foto de Luca, ele tem os olhos tímidos de uma criança. Me apertou forte, fingiu não ver as lágrimas que caiam e disse "um dia você entenderá" Mas não é fácil, você sabe.

É a inquietude de viver a vida sem você. Te imploro, volte, porque não posso ficar sem você.Não é possível dividir a história de nós dois






La Solitudine

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