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domingo, 8 de setembro de 2013

Eu nunca tinha reparado na grandeza da Lua.


Amor: subst. masc. 1. Afeição profunda a outrem, a ponto de estabelecer um vínculo afetivo intenso, capaz de doações próprias, até o sacrifício.



Nunca tinha reparado na grandeza da lua antes de ve-la surgir nos seus olhos e se despedir com o nascer do sol do teu sorriso de até logo.
Eu nunca tinha reparado na grandeza da lua, até a noite que eu fiquei pequenininha nos seus braços.
Estamos diante de uma enorme afronta aos românticos, astrólogos, físicos, religiosos ou meros observadores do céu: Eu nunca tinha reparado na grandeza da lua.
Eu nunca tinha estudado cinemática até sentir vontade de entender os movimentos do teu corpo, braços, pernas, quadril, piscar de olhos. Vetores do meu incomensurável desejo de estar perto.
Você, a quem escrevo, devo, não só total agradecimento por me fazer reparar nesse superno Luar acima de nós, como devo-te a imensidão de todo o céu, como única representação possível da quantidade de amor que nasceu em mim.
E por todas as luas que passaram e pelas que ainda hão de passar, digo, respiro fundo e grito:  AMO!
Seria eu merecedora do amor, ou pelo menos capaz de senti-lo?
Amor, pode representar qualquer coisa, principalmente hoje em dia, quando a futilidade toma conta dos dias e dos seres, mas tu, criatura, é a personificação do amor, aquele amor puro, aquele amor de verdade, talvez por ainda não ser. E por isso acredito que seja.
Não posso dizer que sei amar, mas posso aprender, se estamos nessa caminhada é pra aprender, assim como aprendi que torces o lado esquerdo do lábio quando fica brava.
Assim como aprendi a amar teu jeito de estar brava.
Assim como aprendi finalmente, que esse tempo todo fui apenas uma parte, jamais um todo de mim mesma. E estou aprendendo a me tornar plena e absolutamente tua, até mesmo antes de mim.
Afinal, quem serei se não do teu lado?
Outra vez ninguém, outra vez metade.
Hoje, amor, a Lua está tão bonita.


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